segunda-feira, julho 16, 2007

O principio do fim...


“Não sei bem como começou, mas senti sempre que algo do género iria acontecer!
O nome dela era Mariana, com o passar do tempo aproximámo-nos e começámos a partilhar as histórias que só se partilham em quem se confia; o dele era Duarte, um nome por quem ela muito suspirava; em pouco tempo soube quem ele era, pouco tempo passou também até eles começarem a namorar e ainda menos até terminarem. O tempo afastou-me da minha amiga e até hoje não sei o como e o porquê de terem acabado.
Pouco tempo depois comecei a aperceber-me melhor da presença dele: tinha uns olhos que não eram indiferentes a ninguém, o resto que conhecia não passava de rumores de outros, rumores esses muito pouco positivos.
De um momento para o outro, uma outra colega minha veio-me falar nele, também ela andava entusiasmada com a ideia de ter um relacionamento com o Duarte e assim foi, mas novamente durou pouco tempo (muito tempo depois vim a saber que ela não era a pessoa que ele esperava).
Novo compasso de tempo e muitas falhas na memória, sei que de um dia para o outro ele me veio falar a mim na net, sei que não respondi por tudo o que já sabia dele (e que não era pouco, nem bom) e sei que um dia apontou para mim na escola, afinal ele sabia quem eu era; novamente me veio falar na net e já não tive coragem para não responder, hoje penso se não seria melhor ter simplesmente ignorado (talvez não!); começámos a falar regularmente e a minha opinião mudou… mudou muito, não era de todo tudo aquilo que diziam dele.
Mudámos de ano lectivo e num dia em que nos encontramos e nos cumprimentamos na escola ele disse que ao ver-me tinha sentido algo diferente, não liguei (não quis ligar) àquelas palavras, mas ele mostrou-se mesmo interessado em mim! No entanto, a minha desconfiança falou mais alto (como fala quase sempre), porque todo aquele interesse, a forma repentina como ocorreu pareceu-me falso, mas houve muita coisa que não esqueci (como a carta e o cd que me deste e que ainda possuo). Do teu interesse, a deixarmo-nos de falar foi um pulo, como que do nada tudo mudou entre nós e com a mesma rapidez que nos afastámos, voltámos a falar um dia, muito mais tarde.
Apesar de a nossa relação se cingir à net, fiquei a saber que o teu interesse por mim tinha sido genuíno e que te afastaste por não aguentar apenas uma amizade e vi a nossa relação evoluir a olhos vistos (apesar de estares com uma pessoa) e conseguiste que confiasse em ti, tornaste-te um verdadeiro Amigo.
E assim continuámos mais uns meses, entretanto acabaste com a tua namorada, e num dia que já era muito especial para mim, conseguiste torná-lo ainda mais especial. Os carinhos, o momento, aquela noite ficaram gravados na minha memória, mas um medo veio perturbar-me, medo que soubeste acalmar quando me disseste que já não sentias nada pela tua ex. e continuámos.
No dia a seguir disseste-me que gostavas mesmo de mim e fiquei muito feliz, apesar de ainda não haver grandes definições quanto ao que éramos, como estávamos. Quando voltámos a estar juntos pela 1ª vez após aquela noite, uma imensa confusão invadia a minha cabeça, mas quando percebi que éramos namorados a confusão e o medo deram lugar a uma imensa felicidade, que partilhei com algumas das pessoas de quem mais gostava.
Mas a alegria durou pouco, toda a nossa relação permaneceu confusa, eram mais os dias em que andava mal, do que os que estava bem, muitas vezes não sabia de ti, no fundo não nos percebíamos, falávamos, tentávamos resolver os problemas, mas pouco tempo depois voltávamos ao mesmo, se calhar exigi demais de ti, para aquilo que poderias dar. O que já se anunciava aconteceu: acabámos! Num impulso terminámos tudo e muito do que foi dito magoou-me de uma forma que nunca vais conseguir imaginar, gostava de ti, gostava mesmo de ti. Sei que com tudo isto conheci em mim, um ser que desconhecia, alguém mais frágil do que pensava, não conseguia falar em ti sem chorar, mas apesar de tudo isto ainda tentei esclarecer algumas coisas entre nós, para depois, depois poder-me lembrar de ti sem incógnitas, mas não quiseste e assim fiz, não tornei a falar contigo.
Algum tempo depois foste tu que vieste falar comigo e a única coisa que percebi foi que ambos nos interpretámos mal, muitas vezes, dessa percepção em diante não faz sentido referir-me a um “nós” porque já não existe. Ainda te recordo e este texto é a prova disso, mas estou bem e posso dizer que já não gosto de ti e sabes porque? Porque me ensinaste que a indiferença cala a paixão e foi essa tua indiferença que me afastou e me permite dizer ACABOU!
Não guardo mágoa e espero que sejas feliz, mas toda esta nossa estória serve para provar que não sou diferente dos outros, que não controlo os meus sentimentos como pensava poder controlar e que fui mais uma que não resistiu ao teu jeito, à tua especial forma de ser.
Que tudo o que por ti sofri me tenha servido para crescer e que assim termine algo que nunca chegou verdadeiramente a começar.”


Era minha intenção dar a esta estória uma moral, mas sinceramente acabei por baralhar os pensamentos e não me sairia com fluência aquilo que pretendia transmitir; deixo apenas a garantia que esta estória não ficou por aqui, não teve um fim e veio provar que tudo merece uma segunda (terceira, quarta oportunidades) desde que acreditemos e não desistemos... de nós ou dos outros. Esta máxima não é válida apenas para o Amor, mas para tudo o que no dia-a-dia enfrentamos naquilo a que chamamos VIDA. Basta acreditar...


Cláudia

PS. Esta estória é real!

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