terça-feira, julho 03, 2007

Relações


Tenho de confessar que a preocupação com as relações amorosas e o despertar para esta temática surgiu na minha vida já, relativamente, tarde; sempre pensei que as pessoas (no meu caso em concreto as crianças, os jovens) perdiam demasiado tempo com intrigas e problemas que “inventavam”, quando poderiam estar a fazer mil coisas muito mais divertidas, uma vez que o tempo para estes problemas seria mais que muito num futuro próximo, quando crescêssemos mais um pouco.
Hoje faço a minha “mea culpa”! Estava errada! As relações amorosas estão intrínsecas a todos nós, precisamos de alguém, quanto mais que não seja para nos ocupar o pensamento e afastar de outros pensamentos, quem disser o contrário estará, muito provavelmente, a mentir ou numa qualquer fase de negação.
É verdade que os amigos acabam por ser uma grande ajuda, mas há muitas coisas que não podem substituir e noutras alturas só complicam ainda mais, quando se confundem as coisas (sim! Não acredito em amizades profundas Homem \ Mulher, penso que há sempre uma das partes a confundir a relação, mesmo que sendo só durante algum tempo).
Relações ocasionais também são uma pretensa solução, mas a única coisa que solucionam são os títulos (estereotipados) que os intervenientes adquirem; este jogo de gato e rato na 2ª com um, 4ª com outro, etc.… é giro? Talvez, mas inaceitável a partir de determinado ponto de nossa vida e ninguém é feliz assim, disso temos a certeza. Quem tanto procura é porque definitivamente a sua busca tem sido infrutífera.
Então afinal do que precisamos? Sinceramente não sei, somos todos demasiado diferentes para termos as mesmas necessidades, no entanto o sentido idílico da coisa será com toda a certeza comum a todos nós… Nem eu sei o que procuro, mas tenho algumas certezas relativamente ao que não quero!
Há relativamente pouco tempo uma pessoa minha conhecida terminou uma relação, de quase cinco anos, em comum acordo com o namorado, porque já não dava mais e porque eram demasiado diferentes. Pergunta: será que eram precisos 5 anos (!!!) para se chegar a esta brilhante conclusão? No entanto, o que mais me choca é que o mal-estar da pessoa, a tristeza, não se prendia com a perda de alguém que amava, mas com outros dois problemas: “ah tou sozinha, onde agora arranjo outra pessoa?” “ah quem me vai dar sexo com qualidade?”. Isto eu não quero! Não quero ter ninguém simplesmente porque tenho medo de estar só ou por sexo e muito menos chegar ao fim de um ciclo e dizer estas coisas.
Estar com alguém por estar, não se coaduna definitivamente com o que sempre pensei das relações, contínuo a preferir a minha velha máxima do tentar e acreditar com quem realmente se gosta, acho que apesar de tudo ainda se poderão tirar daí maiores dividendos…


“Ainda hoje, não sei ao certo como tudo aconteceu. Num momento estávamos a conversar, e no momento seguinte, ela inclinava-se para mim. Por um instante, perguntei-me se, ao beijá-la, não iria quebrar o feitiço que pendia sobre nós, mas era tarde de mais para parar. E quando os lábios dela se encontraram com os meus, eu soube que podia viver até aos cem anos e visitar todos os países do Mundo, que nada jamais se compararia àquele momento único em que pela primeira vez beijei a rapariga dos meus sonhos e soube que o meu Amor duraria para sempre…” in "Juntos ao Luar" de Nicolas Sparks


"Nós precisamos de esquecer quem achamos ser, para que possamos ser o que realmente somos.."


Cláudia

1 comentário:

Anónimo disse...

opa a imitar o nome do meu blog? isso e batota lol

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